Conclusão

Este trabalho permitiu-nos conhecer um pouco mais acerca da transexualidade, um tema bastante polémico na nossa sociedade e que ultimamente tem trazido à baila conceitos, preconceitos e traumas enraizados na mente humana.

A transexualidade não é uma orientação sexual, como muitas mentes retrogradas ainda pensam, mas sim uma perturbação de identidade de género que nada tem a ver com o ambiente/educação em que o indivíduo vive. Os transexuais dizem sentir sofrimento psicológico por acreditarem que houve um erro na determinação do seu sexo anatómico e, como tal, a maioria destas pessoas procura ajuda juntos dos médicos com vista à mudança de sexo biológico, de forma a aliviarem o seu sofrimento e resolver a sua frustração em relação à sexualidade. 

Concluímos também que a maioria dos transexuais que procuram pela cirurgia não tem como objetivo principal uma vida sexual ativa, mas sim igualar a aparência do seu corpo com a imagem interna do mesmo. Embora alguns transexuais, mesmo após a cirurgia, continuem a vestir-se de acordo com o seu antigo sexo, devido essencialmente a motivos profissionais ou práticos, o que importa é que agora eles estão mais aliviados, pois os seus corpos estão em concordância com a imagem interna de si próprios.
Ainda que, hoje em dia, a cirurgia já seja realizada um pouco por todo o mundo, esta engloba algumas questões éticas tais como o seu caracter. Muitas pessoas ainda se questionam sobre se terá esta cirurgia um caracter mutilador de um genital em favor de uma instância psíquica, ou reconstrutor possibilitando a correcção de um erro morfológico.

A questão legal também está directamente relacionada com o tema da transexualidade, uma vez que é indispensável para que o transexual operado se possa integrar correctamente na sociedade através da mudança de nome e também de sexo jurídico. Actualmente, em Portugal já existe legislação para estes casos e que por sinal é uma das mais liberais em todo o mundo.

Por último, em termos sociais a transexualidade começa cada vez mais a ser aceite pela sociedade actual, embora ainda existam alguns preconceitos em relação a estas pessoas que são muitas vezes descriminadas em termos de oportunidades de trabalho ou até mesmo no próprio grupo de amigos. Cabe, portanto, às gerações futuras acabar com estes preconceitos e instituir uma nova mentalidade, mais aberta e compreensiva, que não ofereça uma opressão psicológica aos transexuais que se pretendem afirmar perante uma sociedade que se quer mais justa e mais acolhedora.

Sem comentários:

Enviar um comentário